10 hábitos corporativos que não cabem em empresas do século
21
1 - Indisciplina e
atrasos
Esse é um problema
bem comum no Brasil. A empresa marca uma reunião às 9h, mas as pessoas, ou
pior ainda, o chefe, só chega para o encontro às 9h30. “É básico, mas as
pessoas não estão habituadas a respeitar o horário e isso é um desrespeito
a quem chega na hora.
Com isso, a coisa se
torna absolutamente improdutiva”, afirma Alexandre Rangel, da Alliance
Coaching. Pior ainda é quando a reunião se perde em conversas que têm pouco
a ver com o tema a ser discutido, o que leva a perda de tempo e falta de
clareza para o trabalho.
2 - Rigidez de
horários
Não tolerar atrasos
não significa que a sua empresa precisa ter o mesmo horário de trabalho
para todos os funcionários.
Afinal, disciplina é
diferente de rigidez. “Eu adoraria que todo mundo trabalhasse nos horários
em que eu trabalho, mas as pessoas são diferentes.
Se a função da
pessoa permite e ela trabalha melhor em casa, por exemplo, não importa se
ela vai fazer aquilo de manhã, de tarde ou de noite, contanto que dê conta
daquele objetivo”, defende Ana Júlia, da Abellha.
Segundo a CEO,
porém, é necessário planejar direito para garantir, por exemplo, que toda a
equipe se encontre em algum momento e para que a flexibilidade não
atrapalhe o negócio.
3 - Falta de clareza
Não definir bem as
metas da empresa nem a responsabilidade específica de cada um também é um
hábito comum entre as empresas, e que só gera confusão e morosidade.
“Ás vezes a empresa
coloca como meta ‘melhorar o serviço de entrega’. Isso não é especifico.
Melhorar o quê? De quanto para quanto? Fica vago. Esse comportamento é
improdutivo e gera retrabalho”, explica Alexandre Rangel. Outro
comportamento semelhante é não definir claramente a responsabilidade de
cada um dentro da empresa.
4 - Penalizar o erro
Inovação é a palavra
do momento para as empresas. Porém, como conseguir inovar se o seu negócio
não dá espaço para os funcionários tentarem coisas novas e – por que não –
cometerem erros pelo caminho? “As empresas não têm tolerância ao erro,
querem reduzir os riscos para maximizar os lucros e no mundo de hoje isso é
impossível.
É preciso haver uma
apreciação do erro, enxergar o erro como único caminho para a inovação. Nas
empresas ainda existe muito a cultura do curto prazo, o que gera ansiedade.
O mundo da inovação é feito de incertezas”, afirma Daniel Gurgel da escola
Polifonia.
5 - Ideias
engessadas
Se a sua empresa
quer mesmo inovar também precisa começar a repensar a forma como promove
mudanças estratégicas. Segundo Gurgel, em geral, as empresas tendem a dar
passos estratégicos de médio prazo, o que não facilita a experimentação. “É
preciso cultivar uma mentalidade de prototipagem. Fazer um microprojeto
para testar algo e receber feedbacks antes de investir numa mudança maior”,
defende.
6 - Não delegar e
não acompanhar
Um defeito comum
entre as lideranças das empresas é a dificuldade de delegar tarefas. O
problema é que, se você não delega, sua equipe não progride e quem perde é
o negócio.
Outro comportamento
comum entre os líderes – e nocivo para o negócio — é não acompanhar a
execução de uma tarefa. “Aquilo que você pede para alguém fazer vale 5%.
Verificar depois se a tarefa foi cumprida vale 95%”, diz Rangel.
7 - Falta de diálogo
Tomar decisões na
cúpula da empresa e apenas comunicar o resultado da discussão para os
funcionários é um típico hábito corporativo que não cabe mais em empresas
do século 21. “A coisa chega ao restante da empresa como ordem, sendo que
às vezes existem centenas de cérebros embaixo daquela cúpula que poderiam
contribuir também”, afirma Ana Júlia, da Abellha.
8 - Sem
transparência
Outro hábito
semelhante é quando os donos da empresa tomam uma decisão e aquilo chega
para os funcionários apenas como uma ordem, sem contexto. “É importante que
as pessoas saibam a razão e a importância daquela tarefa. Executar algo sem
saber por que é desmotivador.
9 - Prioridades e
prazos
O diálogo e a
transparência são importantes, mas, para andar bem, uma empresa também
precisa de uma boa dose de objetividade. “É muito comum a falta de foco.
As pessoas têm uma
dificuldade muito grande de decidir, e por isso não elegem os processos que
deveriam receber a maior quantidade de recursos e energia. E se falta saber
o que fazer como prioridade, também é comum não saber quando fazer.
10 - Politicagem
O último ponto diz
respeito à estrutura de cargos de cada empresa.
Em geral, as
estruturas hierárquicas são engessadas e há pouco espaço para um bom
funcionário se desenvolver. Isso gera disputa e “politicagem”. Acaba
existindo nas empresas uma escada para você chegar ao topo. É quase um jogo
de tabuleiro e isso leva à disputa pelo poder.
Mas, se os cargos
não fossem tão estanques, atenuaria a politicagem. Geraria um ambiente de
verdadeira meritocracia no qual quem se coloca e toma a frente é
recompensado e não visto como uma ameaça pelos outros.
Fonte: PME
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